Passei uma manhã nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian com o intuito de desenhar umas árvores ao vivo para tentar enriquecer os fundos das minhas aguarelas.
A primeira foi escolhida por força da necessidade.. Tinha-me esquecido que o jardim é regado de manhã e por pouco não apanhei um banho enquanto o atravessava! Como estava á espera de uma amiga, escolhi a entrada principal, que estava de momento livre de aspersores de água e a arvorezinha que se pode ver acima estava mesmo a jeito de ser desenhada.
Enquanto desenhava via chegar táxis (que estacionavam mesmo em frente à minha árvore) que largavam velhotes urbanos de boas reformas que gostam de passar o tempo na Gulbenkian e alguns turistas também com ar de quem não tem problemas de dinheiro.
Alguns pareciam curiosos por me ver desenhar assim sentada no chão e uma senhora brasileira disse que era "uma árvore muito bela, não é? Merece ser retratada assim..." (ler com sotaque).
Já no jardim e com a amiga, sentámo-nos num banquinho semi molhado (já tinha acabado o periodo de rega) e escolhi este eucalipto obeso para um desenho a grafite. Desenhei só o que consegui ver e pôr no papel. Gosto destas árvores incompletas, são ao mesmo tempo abstractas e concretas e ajudam a ocupar a composição.
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