19 maio, 2006

Na minha biblioteca...

Há uns anos comecei uma singela colecção de livros que têm em comum o facto de terem títulos estranhos, bizarros ou cómicos. Foi uma colecção começada por acaso, os livros foram surgindo porque eu pura e simplesmente não resistia a comprá-los, mesmo que não fossem de grande uso...
Este livro é uma das minhas pérolas. Chama-se How To Be Attractive, e só este título fez-me logo largar uma gargalhada na banca da feira onde o comprei (convém dizer que é um livro em segunda mão e bastante velho por sinal, mas muito bem conservado). Foi escrito em 1944 por uma senhora de seu nome Joan Bennett, americana.
Até aqui nada demais, mas o que é realmente delicioso neste livro é o seu contexto histórico. Foi escrito em 1944, no final da 2ª Guerra Mundial, numa altura em que havia uma enorme mobilização social para que as mulheres largassem os seus lares e ajudassem de forma activa nas fábricas e onde mais fosse preciso. A ideia subjacente, e da qual a autora é um exemplo, é que as mulheres continuavam a ser mães extremosas, esposas dedicadas, e agora cidadãs modelo, sem por isso deixarem de estar arranjadas e compostas. O livro combina as melhores dicas para estar arranjada com economia de tempo e cosméticos com frases que apelam ao patriotismo.
Alguns excertos dirão melhor que eu a que me refiro:
"If there's anyone in the house who thinks this is no time to be worrying over our looks, will he please remeber that the first part of a soldier's basic training teaches him to look his best (...) Certainly this is not a time for incessant primping or theatrical make-up. Uniforms and beady lashes don't mix. The assembly line doesn't stop for nose-powdering. This is a time a woman should study her face, decide on a simple, minimum make-up, learn to put it on quickly and lasting - and then forget the whole business for several hours." (página 22)
Delicioso.

1 comentário:

pat disse...

http://www.loompanics.com/cgi-local/SoftCart.exe/TitleIndex.html?L+scstore+jnmp7105ffe4b5e4+1148052098

é uma ideia..um bocado sinistra mas mesmo assim uma ideia